

Adentramos o mundo alienígena através dos olhos de Jake Sully, um ex-fuzileiro naval confinado a uma cadeira de rodas. Apesar do que aconteceu ao seu corpo, Jake continua se sentindo um guerreiro e viaja anos-luz à estação que os humanos instalaram em Pandora, onde a humanidade quer explorar o minério raro unobtanium, que pode ser a chave para solucionar a crise energética da Terra. Como a atmosfera de Pandora é tóxica, foi criado o Programa Avatar, em que “condutores” humanos têm sua consciência ligada a um avatar, um corpo biológico controlado à distância capaz de sobreviver nesse ar letal. Os avatares são híbridos geneticamente produzidos de DNA humano e DNA dos nativos de Pandora, os Na’vi.
Renascido em sua forma avatar, Jake consegue voltar a andar. Ele recebe a missão de se infiltrar entre os Na’vi, que se tornaram um obstáculo à extração do precioso minério. Ocorre que uma bela Na’vi, Neytiri, salva a vida de Jake, o que muda tudo. Jake é acolhido pelo clã de Neytiri, e aprende a ser um deles depois de passar por vários testes e aventuras. O relacionamento de Jake com sua hesitante instrutora Neytiri se aprofunda, e ele passa a respeitar o jeito de viver dos Na’vi, e por fim passa a ocupar seu lugar no meio deles.
S.O - Primeiramente gostaria de agradece a nossa Diva por estar cedendo um tempinho para o meu blog e para que os leitores possam conhecer um pouco mais sobre Tatiana Hilux. Sempre falamos do início da carreira, e sabemos que você está às vésperas dos seus 10 anos de “estrada”. Você teve alguma inspiração para virar transformista? Quem? Fale-nos como isso aconteceu na sua cabeça.
No início ele quis dar umas entradas para ficar comigo, mas não deu
, a arte e até mesmo as brincadeiras eram parte de um mundo que até então era bem distante da minha realidade. Eu me senti em casa e disse a mim mesmo que queria fazer aquilo um dia. Fui indo aos ensaios e um dia a Lena me pediu para ensaiar um número, pois ela estava lançando os NOVOS TALENTOS da Divine todos os Domingos. Ensaiei em casa uma música de drag em espanhol e fui apresentar num dos ensaios. Fui aplaudida por todas as maravilhosas. Daí então foram me dando espaço, acreditaram no meu talento e eu aproveitei. É aquela velha história de estar na hora certa, no lugar certo.
S.O - Conte-nos um pouquinho da sua trajetória, destacando os grandes momentos vividos ao longo desses 10 anos, suas maiores alegrias e vitórias.
T.H. - O nome Hilux surgiu devido a dois artistas que já faziam shows na cidade, Varna Pegeout e Cintia Citroen. Eu achei interessante, pois no sul havia drags com nomes de bebidas, etc. Daí adotei o Hilux e ficou, já tentei mudar , mas todos meus colegas adoram... Esse foi um momento importante, a escolha do nome artístico. Tatiana é uma prima do Rio de Janeiro. Resumindo: fui convidada a fazer vários shows por aí gratuitamente, o que me deu uma razoável experiência de palco e o diretor de shows da Divine me testou pedindo que eu imitasse a Liza Minelli. Ao fim da brincadeira ele me indagou se eu gostaria de participar do segundo espetáculo DIVAS e me tornar uma delas. Convite feito e aceito. Em 2001 eu lanço um CD de shows que todos achavam que ninguém compraria. Era o bom das DRAGS e todas queriam ser drag-queen-bate-cabelo e eu sempre apostei no estilo trans. Fiz um CD só com músicas que as trasex gostavam de dublar, foi um estouro! Em 2002 joguei no escuro e acabei vencendo.
Tornei-me a Miss Gay Ceará Oficial, eleita no Clube Oásis. E mais shows e viagens aconteceram. Nos anos vindouros fiz apresentações em vários locais, inclusive no Teatro José de Alencar, no Troféu Iracema sendo a primeira atração gay depois da famosa Zezé Mota. E foi a própria que me anunciou, jamais esquecerei o momento que surgi do elevador no palco do Teatro. Em 2010 fizemos mais um espetáculo DIVAS em janeiro passado e no carnaval recebi um título honorário: Glamour Gay 2010 e estou muito orgulhosa por isso.
S.O - Já ocorreu algum fato engraçado com você, seja no palco ou nos bastidores?
T.H. - Milhares... Só vou contar o mais engraçado ao dublar SURVIVOR com a Collares e a Lena minha perna saiu do palco. Eu simplesmente fui tão na frente que minha perna desceu (Risos) eu caí, mas o público me segurou e começou a me beijar e aplaudir e me jogaram no palco, ai dei um rodopio, joguei o cabelo e tudo continuou, foi tragicômico, quem estava um pouco mais afastado pensou que fazia parte do show.
S.O. - O que você pensa sobre o espaço para drags e transformistas nas noites cearenses?
T.H. - Serei curtíssima nesta resposta. Boate Divine.
S.O . - Em algum momento você pensou em deixar os palcos e desistir de sua carreira como transformista?
T.H. - Isso me persegue. A princípio foi o fato de ser um cara interessante, que trabalhava, todo "play". Eu era uma gay “Music Box” (Risos). Quando comecei a me montar todos viraram as costas pra mim e não fui mais paquerado. Isso me deixou confuso: o preconceito há dentro do próprio meio gay. Comecei a ver os homossexuais com outros olhos. Aos 18 anos contei ao meu pai e disse que seria um ativista se tivesse oportunidade. Hoje eu não penso mais dessa forma. Minha bandeira levanto me assumindo sendo eu mesmo pra quem quer que seja, mas lutar em prol de causas e ações nem pensar. A grande maioria não vale a pena. Eu faço a minha parte. Acredito que dar um bom exemplo já é de bom tamanho. Recebi muitas críticas na mesma proporção dos elogios e isso acontece até hoje.
Antigamente tinha crises, queimava fotos, jogava as produções fora, ou como se diz aqui, rebolava tudo no mato. Então, jogava tudo fora mesmo e depois comprava tudo novamente, afinal a veia artística me impede de banir a Tati da minha vida. Eu, Dário, estando de bem com a vida a Tati fica bem e vice-versa. Estou numa ótima fase, pena que algumas pessoas não enxergam isso.
S.O. - Pra terminar gostaria de uma bate bola com você:
Um hobby: Ler.
Uma cor: Verde.
Uma alegria: Saúde.
Uma tristeza: Inveja.
Um sonho: Londres.
Um ídolo: Mamãe e Papai.
Um amor: Dário ama Tati e vice-versa.
Um defeito: Tenho que aprender a ouvir críticas.
Uma qualidade: Sei ouvir as pessoas.
Família: Meu porto seguro, minha mãe.
Companheirismo: Tá em falta.
Amizade: Dona Nevinha, minha mammy.
Fundamental: Verdade.
Deus: O lado bom de cada pessoa.
S.O. - Gostaria de agradecer você, minha linda, pela sua personalidade marcante e sincera. Você que é uma pessoa muito transparente e autêntica. Obrigada pela atenção e carinho. E gostaria que você deixasse aqui suas considerações finais. Espero que você tenha gostado do nosso bate bola. Beijos.
T.H. - Amo a Scarllet do filme "...E o vento levou", e você é um artista que em momento algum envergonha os fãs de Vivien Leigh. Você é muito bom no que faz, e se te chamo de DIVA é porque você já possui atributos para o título. Foi um prazer conversar com você Mademoiselle O'hara! Ou como diziam no filme Dona Scarllet... (risos) . Beijão!